Camuflada em plena Mata Atlântica em Iporanga, a Casa da Preguiça é fruto do desejo de uma família numerosa de ficar próxima à natureza e, com sorte, avistar vez ou outra o nosso simpático mamífero no seu habitat natural.

Implantado num terreno de 1.300 m2 e com declive acentuado, o grande desafio deste projeto foi atender ao extenso programa ocupando a menor área possível e a solução adotada não poderia ser outra senão a verticalização. A casa possui três pavimentos.

No nível da rua uma ponte faz a transposição sobre a mata para a laje superior, que abriga a garagem e o acesso.

Dois volumes retangulares sobrepostos resolvem todo o programa da casa, abaixo da laje-garagem: o volume superior, em estrutura metálica amarela, abriga o primeiro e o segundo pisos; o volume inferior, em concreto aparente, abriga a piscina e o terceiro piso.

No primeiro piso ficam as suítes. No segundo, temos a área social e dois quartos que abrem para a varanda e a piscina em concreto, sem revestimento. Todas as portas são envidraçadas com vista para a mata.

Na área social com pé direito duplo, um grande vazio abriga a circulação vertical e as aberturas criam boa luminosidade e ventilação cruzada, eliminando a necessidade de ar condicionado.

No terceiro piso, temos três quartos, o salão de jogos e a sauna, todos visualmente abertos para a mata, o que aumenta a chance de encontrar a Preguiça!

A estrutura e lajes aparentes, paredes em blocos de concreto, piso em concreto polido e a tubulação elétrica exposta, configuram a linguagem industrial do projeto.

A escolha do mobiliário, quase todo em madeira natural, dá o toque final e o aconchego necessários para uma casa de fim de semana.